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terça-feira, 10 de agosto de 2010

ICÓ - CIDADE HISTÓRICA DO CEARÁ



http://www.monumenta.gov.br/site/?page_id=194
em 23 out 2008 às 12:575Thiago Pereira
Icó é uma das mais belas cidades do Estado do Ceará, com seu centro histórico que remonta à época de riquezas do ciclo do couro no Ceará, Icó era um dos pólos econômicos do estado, onde circulava praticamente todas as mercadorias que entrava na região centro-sul. Cidade onde nasceram grandes personagens da história brasileira, como Viana de Carvalho (militar e difusor do espiritismo no Brasil); Antônio Pinto Nogueira Acioli (Governador do Estado do Ceará); Heráclito Graça (Jurista e Membro da Academia Brasileira de Letras); Tristão de Alencar Araripe (Revolucionário da Confederação do Equador e Ministro do STF), dentre outros.
Apesar de ser uma cidade que está fincada na história do Ceará e que atualmente tem um dos maiores centros históricos com seus complexos arquitetônicos totalmente preservado, graças ao Programa Monumenta do Ministério da Cultura e da proteção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Icó é hoje uma das mais belas cidades do Estado do Ceará, porém fico triste em não ver a publicidade dessa riqueza histórica nos meios de comunicação social, pois o turismo em nossa querida Icó não é tratado com seriedade pelos nossos governantes. Hoje a história da Princesinha do Sertão, como é chamada, vive na mente de poucas pessoas que a conhece, até mesmo dos poucos iconenses que ali residem.









secular Cemitério do Icó é um anexo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte. Nessa Igreja já eram enterrados corpos, existindo já no século XVIII, um pequeno cemitério anexo ao templo. Posteriormente esse anexo foi aumentado surgindo o antigo Cemitério Público, que foi se exaurindo ao longo do século XX, de forma que o pequeno espaço já não comporta os sepultamentos atuais, razão pela qual a municipalidade criou um Cemitério Novo.

Esse cemitério tem sua fundação no século XIX, possivelmente entre 1850, quando todo o Brasil , nas cidades, se discutia o enterro de seus mortos, pois até o momento todos os corpos eram enterrados, dentro das Igrejas ou em volta delas, um hápito que vinha de Portugal. Certamente as epidemias de meados do século XIX, levaram Icó a providenciar um “Campo Santo” coletivo e público e isso trazia problemas para a população, num tempo que a ciência já avançava na descobertas de micro-organismos, e as doenças causadas por aqueles. Era necessário afastar os mortos do convívio com os vivos.

“Essas discussões ganharam maior espaço no cenário político na medida em que médicos higienista, começaram, pouco a pouco, a fazer parte do poder público e a propor posturas municipais e leis provinciais que diziam respeito às normas sanitárias. Isto porque houve uma luta para levar o país à “modernidade” e ao “progresso”, por parte desse setor que acreditava que só a “higiene” seria capaz de livrar a nação das doenças e do “atraso colonial”. Pernambuco, assim como outras cidades brasileiras, foi palco de discussões para a implementação de diversas reformas urbanas, a fim de que pudessem fazer “boas vistas” às cidades européias”. Certamente o Dr. Pedro Théberge, foi um desses sanitaristas, pernambucano que era.

Mudar o lugar de enterrar os mortos, do interior das igrejas, espaço fechado e perto do sagrado, onde os ofícios religiosos realizavam-se sobre os jazigos, para um terreno ermo, a céu aberto não deve ter sido fácil para uma sociedade conservadora e tradicional como o era a do Icó. Era necessário transformar e identificar o local cemiteral como lugar sagrado, dignificá-lo, isso minimizaria os óbices religiosos. Coube à Igreja Católica essa tarefa, razão pela qual a morte e o enterro ainda hoje está cercado de signos católicos na cultura icoense e pelos resto do Brasil, embora o morrer já estaja se transformando num "ato civil" e enterrar-se num "descarte" necessário...

Problema gravíssimo na sociedade icoense era de como sepultar em um mesmo espaço os senhores e os escravos. Como igualar as pessoas nesse momento último, quando passaram a vida inteira separados? A saída foi lotear o cemitério providenciando com que da mesma forma que a cidade dos vivos estava constituída, a cidade dos mortos passaria a ser. Assim os ricos mantiveram os seus espaços nas principais vias, com acesso fácil, onde construiam seus túmulos e mausoléus ao passo que aos pobres era destinado as periferias e áreas de difícil acesso.

(Fotos de Luiz Alberto Peixoto Vieira)

Veja a dissertção de mestrado de Vanessa Sial http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju300pg09.pdf

FONTE:http://iconacional.blogspot.com/2008/10/ic-cear-brasil-o-secular-cemitrio.html

A pacata e agradável ICÓ (CE) e seu rico PATRIMÔNIO HISTÓRICO. Que lindas fotos!
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Icó é um município do Estado do Ceará.
Fica a 400km, de Fortaleza.

Sua população estimada em 2004 era de 63.575 habitantes.

A colonização de Icó (que vem de "Icós - tribo da nação dos Cariri"), data do início do século XVIII, sendo a povoação de
Arraial Novo dos Icós elevada a vila e em 1738 ,a terceira
vila do Ceará logo após Aquiraz e Fortaleza. Em 1842 obteve
a categoria de cidade.

Cidade histórica, com o título de "Monumento Nacional"
outorgado àquelas urbes que conseguiram formar um patrimônio arquitetônico e cultural respeitável, Icó se distingue pela
imponência de seus sobradões, a beleza de suas igrejas, a preservação de edifícios de linhas clássicas,
atestando o seu período de fusto, como o Teatro,
a Câmara e a Casa de Pólvora, bem assim pelos muitos
episódios que povoam as páginas da longe narrativa de
sua existência. São quase três séculos de historia

FOTOS
VISTA AÉREA DE ICÓ

foto: Atlas Escolar do Ceará

Igreja de Nossa Senhora da Expectação

Primeira construção edificada na cidade de Icó, por volta de 1709

foto: www.flickr.com/photos/rodrigocantarelli

Igreja do Bonfim e Sobrado do Barão do Crato

O sobrado é uma verdadeira obra de arte com linhas arquitetônicas em estilo colonial, onde dão a idéia do tipo de morada simples
que viviam os sertanejos com títulos de nobreza.
A data da sua construção é incerta, provavelmente
há mais de 200 anos. Igreja: Construída
aproximadamente em 1749. No seu interior no altar principal,
abriga a imagem do Senhor do Bonfim.

foto: www.flickr.com/photos/rodrigocantarelli

Sobrado do Mirante

É uma edificação em estilo colonial, contendo três pavimentos, onde o terceiro andar funcionava como MIRANTE; exigência das necessidades da época, devido as grandes agitações sociais nordestinas. Contendo 8 janelas, sendo duas em cada lado, proporcionando uma vista panorâmica geral da cidade e das várzeas mais distantes, contornadas pelas serras e cortada pelo rio salgado.
Faz parte do Patrimônio Histórico Nacional.
foto: www.flickr.com/photos/rodrigocantarelli

Teatro Ribeira dos Icós
Uma magnífica obra arquitetônica em versão neoclássica projetada pelo médico e historiador francês Pedro Théberge, que financiou com recursos próprios a sua construção, cujo responsável foi seu filho o engenheiro Henrique Théberge, por volta de 1860.

Casa de câmara e cadeia

Sua construção foi iniciada em 2 de setembro de 1740 tendo sido concluída em 1744. Documentos relatam que o então governador João de Tefé, propôs a El-Rei que fosse cobrados impostos do meio tostão por cada cabeça de gado que fosse abatido para a Bahia e Rio de Janeiro, para com esses impostos serem construídos a Cadeia e Casa da Câmara, em três vilas, inclusive a de Icó. Em 20 de Abril de 1882, foi baixado um decreto
criando a Capela no interior da Penitenciária, que guarda em seu interior a imagem de São Domingos (protetor dos presidiários). O prédio possui dois pavimentos. Faz parte do Patrimônio Histórico Nacional.

Sobrado do Canela

É uma relíquia da civilização do couro e do charque. Pertenceu a tradicional família Teixeira descendente do Sargento-Mor João André Teixeira Mendes – O Canela Preta. Faz parte do Patrimônio Histórico Nacional.

Palácio da Alforria

Uma verdadeira obra de arte em estilo Barroco, construída provavelmente em 1835. A fachada conserva suas linhas originais inclusive com duas enormes biqueiras tipo “Boca de Jacaré”, com sacadas em ferro trabalhadas.

Icó
Ceará - CE
Histórico
No início do século XVIII, as tribos indígenas que habitavam a região se opuseram
tenazmente ao elemento colonizador. Entre as serras do Pereiro e os vastos sertões do Cedro, o
capitão-mor Gabriel da Silva Lago fêz erguer uma paliçada para defender os moradores da ribeira do
rio Salgado, surgindo ali o arraial Novo, hoje cidade de Icó. Após lutas sangrentas entre sesmeiros,
colonizadores e indígenas, o Padre João de Matos Serra, prefeito das Missões, obteve pacificação. O
povoamento e o desenvolvimento da região muito ficaram devendo às famílias Monte e Feitosa, que
desfrutavam então de grande prestígio e dominavam vastas áreas do território. A capela de Nossa
Senhora do Ó, padroeira do povoado, foi erguida por Francisco Monte, em meados do século XVIII.
Origem do Topônimo: Nome de uma tribo Tapuia que que habitava o território
compreendido entre os Rio Jaguaribe e o Peixe.
Gentílico: icoense
Formação Administrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de Arraial da Ribeira dos Icós, por ordem
régia de 20-10-1736. Sede na vila de Arraial da Ribeira dos Icós. Instalado em 02-03-1738.
Distrito criado com a denominação de Arraial da Ribeira dos Icós, por provisão de 06-04-
1764.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Icós, pela lei provincial nº 244, de 25-
10-1842.
Pelas leis estaduais nº 929, de 06-08-1860, e 1128, de 21-11-1864, é criado o distrito de
Beberibe e anexado ao município de Icó.
Pelo decreto nº 3, de 10-04-1893, é criado o distrito da Conceição e anexado ao município de
Icó.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 3 distritos:
Icó, Bebedouro e Conceição.
Pelo decreto estad nº 1156, de 40-12-1933, são criados os distritos de Água Fria, Lima
Campos, Orós e Santa Maria e anexado ao município de Icó.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 7 distritos:
Icó, Bebedouro, Conceição, Água Fria, Lima Campos, Orós e Santa Maria.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o distrito de Bebedouro passou a denominar-se
Bonfim e o distrito de Santa Maria a denominar-se Icozinho. Sob o mesmo decreto é criado o distrito
de Pedrinhas e anexado ao município de Icó.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município de Icó é constituído de
8 distritos: Icó, Água Fria, Bonfim (ex-Bebouro), Conceição, Icozinho (ex-Santa Maria), Lima,
Campos, Orós e Pedrinhas.
Pelo decreto estadual nº 1114, de 30-12-1943, o distrito de Água Fria passou a denominar-se
Igarói, Bonfim a denominar-se Cruzeirinho e o distrito de Conceição a denominar-se Guassosê.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 8 distritos: Icó,
Cruzeirinho ex-Bonfim, Guassopê (ex-Conceição), Icozinho, Igarói (ex-Água Fria), Lima Campos,
Orós e Pedrinhas.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Pela lei estadual nº 3338, de 15-09-1956, desmembra do município de Icó os distritos de Orós,
Guassossê e Igarói, para formar o novo município de Orós.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 5 distritos: Icó,
Cruzeirinho, Icózinho, Lima Campos e Pedrinhas.
Pela lei estadual nº 6481, de 28-08-1963, desmembra do município de Icó o distrito de
Icozinho. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6667, de 14-10-1963, desmembra do município de Icó o distrito de Lima
Campos. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6606, de 26-09-1963, desmembra do município de Icó o distrito de
Pedrinhas. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6880, de 13-12-1963, é criado o distrito de São Vicente e anexado ao
município de Icó.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Icó e
São Vicente.
Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, são extintos os município de Icózinho, Lima Campos
e Pedrinhas, sendo seus territórios anexados ao município de Icó, pois foram criados e não instalados.
Em divisão terrritorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 6 distritos: Icó,
Cruzeirinho, Icózinho, Lima Campos, Pedrinhas e São Vicente.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal.
Arraial da Ribeira para Iço, alterado pela lei provincial nº 244, de 25-10-1842.

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LINKS COM MAIS INFORAMÇOES SOBRE ICÓ:

http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/entrando-em-ico-uma-cidade-tombada-pelo-patrimonio-historico/

Entrando em Icó, uma cidade tombada pelo Patrimônio Histórico
Postado em 15 de janeiro de 2010 por pliniobortolotti


Entrando em Icó, uma cidade tombada pelo Patrimônio Histórico
Postado em 15 de janeiro de 2010 por pliniobortolotti

Ponte sobre o Rio Salgado

A história de Icó, na qual se entra pela ponte Piquet Carneiro [nome do engenheiro que a construiu] sobre o rio Salgado, tem seu início – como muitas outras cidades brasileiras – com o extermínio dos índios, os tapuias, com a chegada dos brancos portugueses, por volta 1682.

Na primeira metade de século XVII, já era um lugarejo importante, lugar de comércio e do encontro dos diversos caminhos da região.

A partir daí, ganha cada vez mais importância e uma Carta Régia, assinada elo rei de Portugal, D. João V, em 17 de outubro de 1736, transforma-a em vila. Icó vai prosperar cada vez mais, até seu declínio, na segunda metade do século XIX, a partir da grande seca de 1877 e a epidemia de cólera que dizimou praticamente toda a sua população.

Praticamente toda a cidade de Icó é tombada pelo Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]. No quadrilátero formado pelo centro velho as especificações são ultra-rigorosas: até reformas internas precisam de autorização do Iphan.

Vários proprietários estão sendo acionados na Justiça. O Iphan processou até mesmo a Prefeitura que ladrilhou o piso em frente Câmara dos Vereadores [atual] A igreja também costuma dar trabalho ao Iphan.

Quem andou comigo por toda a cidade, deu-me as informações dos posts sobre Icó, incluindo as do folheto sobre a cidade, escrito por ele, foi o historiador Altino Afonso de Medeiros.

Funcionário da prefeitura, radialista [seu programa fala sobre a história de Icó], guardião da história e do patrimônio material e imaterial de Icó, Afonso é um sujeito disposto e atencioso; não se cansa de percorrer as suas ruas, igrejas, casas e sobrados, mostrando-as a visitantes.

Se você quiser conhecer Icó, a conhecerá melhor conduzido por Afonso. Os telefones dele: (88) 9227 0958 (88) 9949 1768. Telefone da Secretaria da Cultura [onde Afonso trabalha]: (88) 3561 1628.

Icó é uma cidade muito interessante, do ponto de vista histórico, arquitetônico e humano – e eu recomendo uma visita. Só um passeio a pé pela cidade para conhecer o casario já vale a pena. No entanto, na cidade, não existem hotéis e todas as pousadas estão abaixo da crítica.

VÍDEOS QUE RETRATAM O PATRIMÔNIO E AS FESTAS RELIGIOSAS DE ICÓ - CEARÁ















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